A osteonecrose do quadril ocorre quando o suprimento de sangue para a cabeça do fêmur é interrompido, causando a morte das células ósseas e alterações na forma e no funcionamento da articulação.
A epidemiologia é variável de acordo com a região geográfica, o sexo ( mais comum nos homens), a idade e os fatores de risco associados.
Principais fatores de risco: uso crônico de corticosteroides, o alcoolismo, o trauma, anemia falciforme, a infecção e tratamento para o HIV e a radioterapia. A doença pode ser classificada em idiopática (sem causa aparente) ou secundária (relacionada a algum fator de risco).
A progressão depende de vários fatores: extensão da lesão, idade do paciente, presença de outras doenças e o tratamento adotado.
O tratamento pode ser conservador (medicamentoso, envolvendo repouso e fisioterapia) ou cirúrgico. A escolha do tratamento depende da idade, do nível de atividade do paciente, da causa e da extensão da necrose na cabeça femoral.
A descompressão do quadril é um procedimento cirúrgico que visa aliviar a pressão sobre a cabeça femoral removendo o tecido necrótico e consequentemente a inflamação formada no seu entorno. Esta perfuração e remoção do tecido inviável facilita que o sangue e as células-tronco cheguem à área afetada, estimulando assim a formação de novo tecido. Este por sua vez suporta o arcabouço cartilaginoso impedindo que ele perca sua forma e função. Pode ser indicada para casos onde a necrose ainda não ha deformidade da cabeça femoral e artrose.
Uma das opções de tratamento para os casos mais avançados ou negligenciados é a artroplastia, que consiste na substituição da articulação doente por uma prótese.
A osteonecrose do quadril é uma doença grave que pode levar à perda da qualidade de vida e à invalidez permanente. Por isso, é importante procurar um médico ortopedista se você sentir dor persistente ou alteração na mobilidade do quadril. O diagnóstico precoce e o tratamento adequado podem retardar ou evitar a progressão da doença e preservar a função do quadril.